quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Coisas da vida

Na noite da última segunda-feira, o pai de uma grande amiga minha - sabe aquela pessoa que tu pode ficar anos sem falar, que nada muda? - descansou, assim como o meu. Era um cara guerreiro, lutou pela vida, tbm assim como meu pai. Praticava voo livre, e hoje tá sobrevoando os céus e iluminando todos os queridos que ficaram por aqui, principalmente as duas filhas lindas que ele deixou como legado.

Passados mais de três anos da morte do meu pai, diariamente, ainda penso nele. Nesta semana, ainda mais. O sentimento vai se transformando, mas a lição que ficou pra mim é a de que temos sempre que demonstrar e falar tudo que sentimos para as pessoas que amamos, por mais que a correria do dia a dia impeça. Quando meu pai descansou, tive a certeza de que nada ficou pra ser dito. Foi isso que me deixou mais tranquila pra aceitar melhor a ausência dele. Como disse um amigo nosso ontem, durante o velório do tio Antonio, é só ai que temos conhecimento do significato da expressão "nunca mais".

Novamente, repito este post. Um texto que fiz alguns meses depois que ele se foi. Volta e meia escrevo algo sobre ele, seja numa folha de papel, ou no computador. É uma maneira de manter ele vivo nas minhas lembranças. Quero contar muitas histórias pros meus filhos, para que eles tenham uma pequena ideia de quem foi o avô deles. Um cara que, não é pq era meu pai, mas foi um dos caras mais sensacionais que Deus colocou neste mundo. Quando releio esse texto, gosto de imaginar cada detalhe desse relato.



Nós

Só hoje eu consigo entender o real sentido da saudade, essa palavra que só existe no bom e velho português.
Dói tanto e, ao mesmo tempo, é tão bom lembrar de momentos especiais que nunca mais serão vividos com aquelas pessoas que a gente mais ama.
Lembrar dele dando conselhos, rindo até se finar de comédias pastelão, como só nós sabíamos fazer. Ouvir ele dizer: vai sair de cabelo molhado, filha? E me atender ao telefone daquele jeito tranqüilo: - Oi minha filha, tudo bem? Segurar minha mão e dizer: - que mão gelada!
Aquele meu gesto de passar a mão no colarinho dele e ouvir: Caspa, eu? Tal como a propaganda que assistimos quando eu era criança.
E aquela cãimbra que dava no minguinho do pé, toda vez que aparecia uma cena de sexo na TV. Só há pouco a gente comentou sobre isso...
A educação de sempre: Por favor! Obrigada! De nada! mesmo entre as pessoas mais próximas. Os ensinamentos de honestidade, sempre! Incluindo avisar o Boticário que o cheque dado para comprar aquele presente nao tinha entrado na conta.
O respeito entre ele e ela, mesmo com 52 anos de casados. A preocupação com a alimentação e a liberdade que ele sempre deu pra escolhermos nosso futuro, sempre aconselhando o que poderia ser melhor, mas sem pressão, nunca! Essa palavra não fazia parte do vocabulário dele.
O ciuminho que ela tinha, pq a gente tava sempre grudado, quando ela dizia que eu gostava mais dele do que dela: o que nao é verdade, amo os dois igualzinho!
O obrigada e os olhinhos brilhando toda vez que eu trazia bala da Sweet Sweet Way. A última banana split que tomamos no Habib's.
O café preto que fazia todas as tardes e levava pra "véia" dele.
Obrigada por todo carinho, pelas sombrancelhas grossas e até pela testa larga. Tanto orgulho pelos 18 anos de luta, por ter me acompanhado nos melhores e piores momentos, por ter feito tudo isso, em parte, por mim.
Queria tanto que tu pudesse ler tudo isso. Mas o que importa é que nada ficou por ser dito. Fiz tudo que podia pra demonstrar tudo nesses 26 anos.

Fica em paz, que a saudade vai aumentar, mas vou me esforçar pra aprender a conviver com ela.
Te amo, como eu sempre disse!

domingo, 18 de setembro de 2011

Nossa Senhora das Maravilhas


Ontem, enquanto esperava meu marido, dei uma volta pela 24 de outubro. Entrei descompromissada na Galeria Champs Elysees e me deparei com uma grata surpresa: a Garage Sale Nossa Senhora das Maravilhas. Lembra daquelas cenas nos filmes norte-americanos, em que as pessoas separam tudo que não usam mais e comercializam para os vizinhos? Pois é mais ou menos esse o conceito: vender roupas e acessórios de marcas famosas, novos ou semi-novos em bom estado. É mais que um brechó, os produtos são de lojas que fecharam, ou de pessoas que têm roupas novas, mas com pouco uso ou mesmo com etiqueta. A Nossa Senhora das Maravilhas oferece o serviço de consignação, que consiste em levar um produto e receber uma quantia referente à peça quando ela for comercializada.
Na minha garimpada, encontrei sapato da Dateli por R$ 70,00, sapatilha da Melissa por R$ 40, um casaco vermelho da Zoomp, da Triton, blusa da M. Officer, dezenas de bolsas, uma mais bonita que a outra. Enfim, dá pra se divertir muito por lá. Além da dona da loja, que atende, e é uma fofa (esqueci de perguntar o nome dela). Dá dicas, toda a atenção do mundo e trata súper bem os clientes. ADOREI! Voltarei muitas vezes lá.




Ela e a irmã mantém um blog sobre a loja, onde é possível conhecer mais sobre o negócio e saber das novidades: Nossa Senhora das Maravilhas

Na primeira visita ao local, minha aquisição foi a blusa abaixo, por R$ 22,50.


Fica a dica!