A Garota Ideal

Fiquei encantada com o filme A Garota Ideal, do diretor Craig Gillespie. Sentei no sofá da sala achando que fosse me deparar com uma comédia engraçadinha, mas nada disso...
Um sujeito totalmente introspectivo (Lars), anti social, que mora na garagem da casa do irmão e da cunhada, apresenta a eles sua Biaca, sua primeira namorada. Os dois, felizes pela novidade, se deparam com um detalhe: ela é uma boneca inflável, comprada via Internet, uma missionária brasileira, que ele acredita ser a mulher ideal para dividir a vida.

Ao contrário do que se imagina, os moradores da cidade em que a história se passa não tiram sarro da situação, mas se envolvem com ela. Seguindo a opinião da médica local e a pedido da família de Lars, os cidadãos tratam Bianca como alguém de verdade, pacientemente esperando pelo momento em que o jovem despertará para a vida real.

Como pensei no começo, parece a premissa de uma comédia escrachada, mas é um drama disfarçado de comédia, que exalta aspectos humanos um tanto esquecidos em dias de incesto, violência no trânsito, roubalheira no Senado: a bondade e a solidariedade entre as pessoas.

Um filme simples, sem muitos floreios, que vale a pena!